terça-feira, 12 de abril de 2011

Espasmo


Tu és piegas?
Usas aquelas saias armadas que já vi.
Cultivas o romantismo?
Oh, não ligues para o meu cinismo.

Viste aquilo?
O coração jogou-se no precipício.
Queres isto?
Tu que sabes.
Prefiro abster-me de tal suicídio.

Claro que o é!
Pensas que o coração sai ileso
De tal loucura?
A cada salto abre-se uma fissura
E mata-se uma esperança.

Os sonhos são poéticos.
Mas nem sempre caem
Sobre uma nuvem.
Os poetas são caquéticos.

Vês por que me abstenho de amar?
Eu não quero me jogar,
Precipitar,
Para depois (des)amar.

Essa história de morrer de amor
É absurda!
Indubitável loucura!
Pois se morres,
Não tens como amar.

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