A angústia que em mim se faz
Nesta viagem interiormente atroz
Regurgito este pobre sentimento veloz
Que em pensamento se espraia.
Uma nuvem em mim se forma
E logo sou tempestade.
A tristeza da culpa intempestiva.
O trovão da raiva deglutida.
Depois da tempestade vem a fuga.
Fuga de mim. Fuga da própria fuga.
A calmaria é o caos.
Pobre desta angústia que me invade.
Tornou-se escrava da minha mente
Sempre tempestade.