No dia
das crianças, nasceu Fernando Sabino no belo horizonte das Minas Gerais. O
homem nu, cuja alma infante despia-se completamente nas letras. E foi com esse
espírito jovial que ele marcou um encontro com a vida e gravou seu nome na
literatura brasileira. E o menino Fernando, no espelho, encantou-nos com sua
eloquência singular e sua alegria de viver. Em seu íntimo, desde a infância,
rompiam muitos sonhos. Sonhos travessos que brincavam de escrever e resultavam
em grandes inspirações; tão almejadas pelo jovem Eduardo Marciano. E nós, fãs,
temos muita sorte por a literatura ter sido desde sempre a grande namorada de
Fernando Sabino. E hoje, mesmo já tendo morrido seu corpo, sua alma infante continua
viva entre nós através de seus textos, tendo aquela conversinha mineira, fluida
e gostosa de ler, como sua principal característica. E, se ainda restar alguma
dúvida, eu não nego que sou profundamente apaixonada por este que nasceu homem
e morreu menino.