quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Solidão



Sinto-me só. Não por a sala estar vazia,
Mas por não caber nada mais dentro de mim.
E assim sigo me alimentando
De velhas lembranças regurgitadas.
Sinto-me só. Desde que o amor se foi,
Nenhum inquilino apareceu
Para tornar o meu coração habitável novamente.
Sinto-me só. E sinto-me muito.
As paredes vazias não suportam mais meu rosto.
Sinto-me só. E incolor.
Até o degradê de cinza está se esvaindo.

Sinto-me só. E só.