sábado, 4 de junho de 2011

Rascunho


         Sobre o quê eu posso escrever? Amores não correspondidos? Não. Solidão? Não. Carência? Dá no mesmo. Xi, meus assuntos estão se esgotando.
         Não quero escrever sobre uma coisa que ainda não tenho nem reviver algo que deve ficar no passado. Você sabe o que isso significa? Mas não importa o assunto, o texto saíra sofrível. Afinal, tanto a carência como o saudosismo (lê-se cutucar velhas feridas) machucam o mesmo tanto.
         Eu não estou sem inspiração. Só não queria escrever novamente sobre estes assuntos que me desgastam tanto. Você entende? Também estou sem paciência para escrever textos neutros que nada têm a ver com o que estou sentindo só para provar que a escritora está ativa dentro de mim.
         Verdade seja dita: foram poucos os textos neutros que escrevi nesta vida. Talvez só as redações para o colégio e olhe, olhe.
         Acho que vou publicar este rascunho só para vocês verem como é difícil a vida de um escritor. Ainda mais a de uma escritora que desde seu primeiro contato com a literatura decidiu escrever sobre si mesma, tendo seus pensamentos e sentimentos convertidos em verso e prosa.
         Nem todas as pessoas agüentam ler textos sobre o mesmo tema por um longo tempo seguido, ainda mais quando se trata de coisas tristes pelas quais todos já passaram ou ainda vão passar. Por isso estou evitando (ao máximo) escrever sobre os temas que citei no início deste rascunho: para poupá-los.
         É isso. Até mais.

Um comentário:

Sara Carvalho disse...

Este texto está inteiramente cru, sem edições nem floreios, só como se lançou no papel.
Espero que gostem.
Beijos a todos!