terça-feira, 22 de março de 2011

Cegos e Surdos


         Digo a mim mesma diariamente para abrir a porta apenas para coisas positivas, para aceitar apenas aquilo que me faz bem. Mas quem disse que eu escuto? Meus ouvidos, cérebro e coração são teimosos, cegos e surdos. Amores sinceros e correspondidos? Só nos meus sonhos literários.
         Parece até sina de poeta romancista: sofrer por amor. Por que sempre queremos aqueles que mais maltratam nosso coração? Por que sempre procuro por isso? Se souber, por favor, me ligue, mande um e-mail, uma carta, um sinal de fumaça, qualquer coisa.
         No fundo, no mais profundo de minhas entranhas, quero um amor que esteja disposto a crescer comigo. Quero novas paixões, certas loucuras, mas tenho medo de mudar demais em virtude delas.
         Abri mão de alguns amores por causa de falatórios alheios, confesso. Minhas razões queriam, mas foram as de outrem que fizeram minha cabeça e decidiram meu destino. E eu fui fraca e covarde por não lutar pelo que eu queria. Mesmo que isso me fizesse sofrer, pelo menos eu teria vivido plenamente.
         Amar, se jogar, se entregar! Eu preciso ter coragem para isso. De modo algum posso cometer o mesmo erro do passado.
         Deseje-me sorte.


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