domingo, 1 de maio de 2011

Minhas Escolhas Não São Suas


         Livre-arbitrio. Você já ouviu essa expressão? Ela trata única e exclusivamente da vontade própria de cada um, de sua livre escolha. Você sabe (ou deveria saber) o que lhe é melhor, conhece seus gostos, opiniões e preferências. Eu também sei o que me é benéfico e agradável. Mas nem sempre concordamos ou combinamos.
         Não obstante ao mandamento “respeitar o próximo” que, antes de ser cristão, é dever moral e preceito básico de uma boa educação, sendo, portanto, regra número um da boa convivência, algumas pessoas insistem em perturbar a paz alheia. Certas perturbações são sutis, mas outras são verdadeiros tufões.
         Quem nunca, em uma viagem de ônibus ou mesmo no conforto da sua casa ou na rua, deparou-se com aqueles seres incultos e mal-criados (que me desculpem as pobres mães dessas criaturas) que ligam seus celulares ou rádios e colocam aquelas músicas (se é que podemos chamar aquilo de música) que desagradam a maior parte dos gregos e troianos (os que possuam um diminuto bom gosto musical que seja) e eles lá, felizes da vida, sentindo-se, muitas vezes, num karaokê, enquanto burburinhos de desagrado se espalham.
         Uma das melhores invenções em termos de eletroeletrônicos dos últimos séculos, e bem úteis nos dias atuais (com a qualidade duvidosa de algumas músicas que andam por aí) são os famosos fones de ouvido. Eu respeito seu gosto musical, mas isso não significa que sou obrigada a partilhá-lo dele com você. Então eu peço, encarecidamente, que coloque só pra você.
         Outra coisa que é bem inconveniente e muito chata, diga-se de passagem, são aquelas músicas, vídeos e recados barulhentos, que rodam pelas redes sociais e também por outros sites, que começam assim que você abre a página, antes mesmo de você tomar conhecimento da existência deles. Poxa, e se eu não estiver afim de ouvir ou ver aquilo? Quer compartilhar alguma coisa com som, tudo bem, está no seu direito. Porém, respeite o próximo, permitindo que ele clique em “play”, se assim o desejar, para  só então o som começar a soar em seu aparelho auditivo e seus globos oculares captarem as imagens.
         Tenha consciência de que respeitar é dar a outrem o direito de escolher o que quer ver, ouvir, fazer ou ser, mas submetê-lo a uma situação que lhe desagrada já é abusar de sua paciência e polidez.

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