quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

As Respostas



Tentei encontrá-las nos outros lugares. Busquei nos livros, nas pessoas, nas placas de cada esquina da minha vida, mas não obtive sucesso. Disseram-me então que estavam dentro de mim. Porém (maldito porém!), estavam dentro de um emaranhado ao qual eu não tinha acesso.
Imaginem dezenas, centenas de fios que se entrelaçam numa confusão sem fim. É no meio desse labirinto que as minhas respostas estão. E eu poderia vir simplesmente com uma tesoura e cortar todos eles. Poderia, não posso. Cada fio representa um pensamento ou um sentimento que eu não posso exterminar de maneira tão abrupta.
Sim? Não? Talvez? Quem sabe. Seguir em frente ou voltar pelo caminho já percorrido?
Parece que estou cercada por uma densa neblina e não consigo ver o que tem escrito nas portas ao meu redor. Então ajoelho no chão e dou de cara com um amontoado de fios. Procuro desesperada pela ponta para desfazer toda esta confusão. Cadê? O volume é pesado, mas não encontro o fim nem o começo de nenhum dos fios.
Acho que o único jeito será trazer o ventilador. Assim a neblina dissipará e eu terei mais sucesso na busca pela ponta do fio. E poderei, enfim, ver em qual porta está a plaquinha com o nome "Felicidade".

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