sábado, 23 de julho de 2011

Sentimento Primaveril


         Como nasce uma carta de amor? Deixemos as anáguas e os palácios de fora; esqueçamos os vales e os rios. A verdadeira beleza está na parte de dentro. Os dias primaveris acontecem em meu âmago.
         Você já sentiu isso? É como se a natureza entrasse em mim e eu ficasse maravilhada com a luz que irradia dentro deste cubículo chamado corpo humano. A sua voz soa como o sussurro do vento, o carinho de suas palavras são como flores de cerejeira sobre a grama, a força das árvores representa a segurança que imagino (sentirei um dia) encontrar no seu abraço, as águas tranquilas são os seus olhos sorrindo pra mim.
         Quando estamos apaixonados, ganhamos olhos poéticos: tudo é belo, tudo é encantador, tudo é vivo e brilhante.
         Fugimos da realidade? O que é real? Quem define o que é real? Um sentimento pode ser considerado real? Se não, por que sinto efeitos físicos quando sou tomada por ele? Qual a outra causa para o brilho nos meus olhos, para a alegria vívida em meu sorriso, e para minha pele enrubescer com tanta facilidade quando penso num certo alguém?
         Eu gosto dessa sensação, desta felicidade que não precisa de motivos para transbordar.
         Gostaria de conhecer o que se passa em seu coração. O que te acomete quando pensa em mim? Você acaso também leva a natureza dentro de si?
         A esperança veio me visitar. Ela me disse que, se a sua outra metade estiver com você, as duas se transformarão numa fita que nos enlaçará. Será este o presente da vida: o amor.

Um comentário:

Anderson Meireles disse...

Os olhos de poeta magnetizam a beleza!
Uma carta de amor nasce de um sentimento que de tão líquido, escorre como tinta no papel...
Abraço!