Dançamos para preencher nossos vazios, para arrefecer nossas distâncias.
Não existe mais vazio, só dança.
Dançamos na penumbra, à luz da lua.
As mãos se entrelaçam, os olhos desafiam-se mutuamente.
O peito aberto, repleto de vazio.
Não existe mais vazio, só dança.
Movimentos sincronizados as mais das vezes.
Algum descompasso eventual.
Uma dança inteira, plenificada.
O vazio a contorcer-se, a bailar.
Não existe mais vazio, só dança.
Tudo é olhos, corações e pés.
Para e escuta.
Você e eu, um no vazio do outro.
Não existe mais vazio, só dança.
Um comentário:
Engraçado como dança pode não ser abraço.
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