Eu saúdo o feminino dentro de mim!
O corpo de carne é frágil, perecível. Isso não depende de mim. Ele morre um pouco a cada dia. Mas meu espírito é forte, sem prazos de extinção. E este eu posso trabalhar. E trabalho constantemente.
Minha voz é doce e mansa, mas minha alma grita. Grita que preciso defender o que acredito ou desejo. Não há necessidade de elevar a voz. Segura de mim, sou firme e determinada, e um rosnado baixo já deixa bem claro minha posição.
As minhas unhas não precisam ser garras enegrecidas e encurvadas. Eu sei me defender sem usar de força física. Minha mente está preparada para rebater críticas, xingamentos, cobranças arbitrárias e pensamentos pessimistas.
Se sou grande, é para comportar o volume de ideias, experiências, sentimentos e projetos que vivencio e/ou tenho. Minha alma é imensa e precisa de um espaço considerável que se ajuste às suas necessidades.
Sou mulher. E ser mulher é ser forte para mergulhar no abismo da fraqueza. E, ao chão, levantar-se e escalar a rocha para vencer a fragilidade. É brincar e dançar, mas saber gritar e rosnar diante do perigo. Ser mulher é ser dual, múltipla. É comportar vida numa caixinha de jóias chamada alma.
Dezoito de Outubro de 2011
Um comentário:
Prima do Einstein, você está de parabéns! ;) Beijo, Sarinha.
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