Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é entregar-se e entregar-se, para o ego, é fraqueza.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é confiar que todos os tesouros do seu coração estarão lá quando você retornar.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é não ter medo de desaparecer; não ter medo de perder a sua identidade enquanto estiver fundido.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é não ter medo do imprevisto; não ter medo das mudanças de curso.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é abandonar o que você queria que fosse, para viver o que é.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é correr o risco de não ter palavras ou cores para descrever o que você está sentindo.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é não saber onde você vai desaguar e, mesmo assim, seguir o fluxo.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é não ter um caminho rigidamente pré-estabelecido. Diluir é um convite para espalhar-se por todos os sulcos que aparecerem pela frente.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é movimento ininterrupto.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é a solução. Solução no sentido alquímico do termo: liquefazer cada situação dessa e permitir que ela escorra e evapore.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é deixar ir; é não apegar-se nem ao que é bom nem ao que nos faz sofrer.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é amar verdadeiramente, pois diluir é libertar a si e ao outro.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas. Diluir é confiar que o leito nunca estará seco. Assim que passar uma água virá outra, e depois outra, e depois outra, ad infinitum, pois a Fonte nunca seca.
Diluir é a tarefa mais difícil de todas, mas é o destino de todos os seres.
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