O pensamento vem. Um não, vários. Inevitável. Quem sabe pudesse conter. Não deu. Ele já chegou. E acomodou as pernas no banquinho defronte ao sofá. Sinto um frio na barriga. Gostoso. Algo cristaliza. Converto-me em sorriso. Um olhar transbordante.
Nada em especial aconteceu hoje. Depois de algumas horas, qualquer tempo é eternidade para a saudade. Uma vírgula é um texto inteiro. O sorriso vem mesmo assim. Memórias antigas, tão recentes, te trazem para o meu lado. E me distanciam de ti.
A lua permanece encoberta. Nuvens atrevidas! Anseio o azul limpo. Desnudo. Algumas estrelinhas romperam a escuridão. Abriram um buraco no manto celeste. Eu posso ouvir burburinhos de mais estrelas vindos de dentro do breu. Astros maiores que não conseguem passar pela pequena fissura.
É dia. A noite ainda não chegou. Espero que as nuvens se dissipem. Está abafado aqui dentro. As janelas estão abertas. O vento que rareou. Não quis mais assanhar meus cabelos. Vai cair uma chuva torrencial. De coisas boas, espero eu.
O amor existe. Eu sei. Ou talvez suponha. Mas queria ouvir o mar.
Dezoito de Novembro de 2011
2 comentários:
Só a maré vai dizer.
O mar sempre canta a canção que a gente gosta de ouvir!
Abraço!
Postar um comentário