Quero dizer aos escritores que o que nos move é justamente o sonho. E é o amor pelo que fazemos que torna nossos textos bons, além de muito, muito trabalho.
Uma ótima quarta a todos!
Abraços!
A Escrivaninha
Ela chegou em casa suada, foi um jogo difícil. Ela e as amigas enfrentaram umas grandalhonas numa partida de vôlei e venceram! Ela seguiu para o banheiro, tomou uma ducha e foi para o quarto.
Ao abrir a porta, qual não foi sua surpresa. Ela estava lá: uma escrivaninha novinha! Cadeira chique, porta-lápis e uma luminária. Ela, Mariana, correu para a sala, gritando de felicidade.
A empregada a olhava admirada, ou seria assustada?
A mãe de Mariana assistia a novela das oito, esparramada no sofá, enquanto o pai calculava as contas do mês.
Mariana entrou alvoroçada na sala!
- Quando ela chegou? - perguntou Mariana.
- Ela quem, meu amor? - o pai inquiriu, sem tirar os olhos da papelada.
- A escrivaninha. Quando ela chegou? Na hora que eu cheguei da escola ela não estava lá no quarto.
- Nós a compramos hoje à tarde e escondemos no escritório do seu pai. Aproveitamos que você foi jogar e a colocamos no seu quarto.
- Vocês são os melhores pais do mundo!! Vocês vão ver! Eu vou ser uma grande escritora! Meu nome vai aparecer nos jornais, televisão, internet!
- Vamos com calma, meu amor.
- É, não queremos que sofra.
- Eu não vou sofrer! Eu vou ser muito feliz! E famosa! - Mariana foi correndo para o quarto estrear sua escrivaninha.
- Tá bom, filha - disse a mãe, vendo a filha se afastar.
- Deixa ela sonhar. Todos nós precisamos de um objetivo na vida. Se ela persistir, porque talento ela já tem, tenho certeza que será uma grande escritora.
- Pode ser.
Ambos continuaram com o que estavam fazendo antes do foguete eufórico chamado Mariana entrar na sala.
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