terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A Escrivaninha

Este texto é um pouco antiguinho, mas é o registro de um momento muito importante na minha vida. Lembrando sempre que o texto é fictício, só a emoção de ganhar a primeira escrivaninha que foi real.
Quero dizer aos escritores que o que nos move é justamente o sonho. E é o amor pelo que fazemos que torna nossos textos bons, além de muito, muito trabalho.
Uma ótima quarta a todos!
Abraços!

A Escrivaninha

      Ela chegou em casa suada, foi um jogo difícil. Ela e as amigas enfrentaram umas grandalhonas numa partida de vôlei e venceram! Ela seguiu para o banheiro, tomou uma ducha e foi para o quarto.

      Ao abrir a porta, qual não foi sua surpresa. Ela estava lá: uma escrivaninha novinha! Cadeira chique, porta-lápis e uma luminária. Ela, Mariana, correu para a sala, gritando de felicidade.
      A empregada a olhava admirada, ou seria assustada?
      A mãe de Mariana assistia a novela das oito, esparramada no sofá, enquanto o pai calculava as contas do mês.
      Mariana entrou alvoroçada na sala!
      - Quando ela chegou? - perguntou Mariana.
      - Ela quem, meu amor? - o pai inquiriu, sem tirar os olhos da papelada.
      - A escrivaninha. Quando ela chegou? Na hora que eu cheguei da escola ela não estava lá no quarto.
      - Nós a compramos hoje à tarde e escondemos no escritório do seu pai. Aproveitamos que você foi jogar e a colocamos no seu quarto.
      - Vocês são os melhores pais do mundo!! Vocês vão ver! Eu vou ser uma grande escritora! Meu nome vai aparecer nos jornais, televisão, internet!
      - Vamos com calma, meu amor.
      - É, não queremos que sofra.
      - Eu não vou sofrer! Eu vou ser muito feliz!  E famosa! - Mariana foi correndo para o quarto estrear sua escrivaninha.
      - Tá bom, filha - disse a mãe, vendo a filha se afastar.
      - Deixa ela sonhar. Todos nós precisamos de um objetivo na vida. Se ela persistir, porque talento ela já tem, tenho certeza que será uma grande escritora.
      - Pode ser.
      Ambos continuaram com o que estavam fazendo antes do foguete eufórico chamado Mariana entrar na sala.

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